PARA OS MINHAS/MEUS SEGUIDORES
Com a voz do coração dou as boas vindas e agradeço a visita, porque, a semente mais pura do pensamento, está no coração.
29/12/18
08/12/18
E SE O MENINO VOLTASSE A NASCER?
Imagem da Google
será
que aparecia a estrela rasgando o céu divino
a
anunciar o Seu nascimento?
o
que seria de diferente?
talvez a história se
repetisse. não sei. não sei.
fecho os olhos. e revejo a
cena a que nunca assisti.
o que seria de diferente?
antevejo os desígnios dum
Menino Deus sozinho
a lutar contra as atitudes
dos Herodes de hoje
que constroem bombas
atómicas e muros de arame farpado.
espalham a morte.
alimentam o medo e a fome de milhões de inocentes. vedam a passagem à Fraternidade.
Ao amor. à Esperança e à Paz.
é Natal !
e não se acha a fórmula
eficaz
de equilibrar o fiel da
balança neste mundo.
E se o Menino voltasse a
nascer?
quem O iria reconhecer?
Teresa Gonçalves
2018/12/06
19/05/18
SÍNTESE
de ruas sem nome e
portas sem números
de casas
devastadas nas mãos do fogo
de vidas perdidas
rasgando o fumo no amargo da noite
e de sons abertos
no solo do abandono
vamos falar na
cruz lancinante a suar no dorso da noite
de silêncios
embutidos nas unhas dos gatos fugitivos
dos seus pelos
eriçados pelos medos ancestrais
vamos falar de
felinos à espreita no peito assassino
para abrir
caminhos às sirenes que o vento desviou
vamos falar de
portas fechadas condenadas ao espectro da palavra
JUSTIÇA na onda de
odores mortais
vamos falar da
seca e a seguir do frio
da dor de um
planeta profundamente magoado
que assume o lugar
de um parto gigantesco de fora para
dentro
já não me apetece
falar. sinto o corpo gelado.
o Universo
penetra-me. entra dentro de mim. Sinto o seu peso
o peso profundo da
sua dor que me esmaga o cérebro e irrompe um queixume da minha alma.
Teresa Gonçalves, Dezembro 2017
09/04/18
ANTOLOGIA « POESIA PORTUGUESA» BILINGUE
Esta é a Antologia « Poesia Portuguesa» Bilingue, lançada no dia 24 de Março de 2018,
pelo quinto aniversário do Grupo. Participam quarenta e nove autores homenageados
pelo Grupo Asas de Poesia, com poesia inédita.
23/02/18
Imagem Google
A MAGIA DO DESPONTAR
O
que escrevo está num esconderijo onde as sílabas nascem inquietas antes. muito
antes do início.
há
probabilidades de se unirem e formarem a palavra nas nervuras do tempo e ser
poema numa trajetória inversa antes da primeira madrugada do início.
há
um tempo
há
um espaço vago
há
um poema que nasce
há
um ano que passa e as letras rodopiam e regressam antes do início. abertura
para o interstício das horas à superfície
do esconderijo: Alma
a
magia do despontar do início cruza-se com o fim.
o
fim depois do início na improbabilidade de ser espírito
alma
ou corpo transforma-se em sílaba em movimento
tal
mariposa de asa imensa numa dança leve e contínua ao encontro da linha do
Universo rasgando o ventre da ordem até à desintegração.
o
que escrevo está no esconderijo da lucidez e portanto da loucura único caminho
que resta para reconhecer o nível de sensibilidade, do sentir e das ações para
não pactuar com a mediocridade nem dar fé à ignorância. O terrorismo monstruoso
da mentira.
há
um ano que passa
há
um poema que nasce
há
um espaço vago
há
um tempo
o
tempo corredor da vida. espaço represo em sílabas que separa o início há milhares de milhões de anos- luz. dando ao
homem a oportunidade de brincar com um certo jogo matemático com o
objetivo de corroer tudo o que foi
criado.
há
o início e há o fim.
Teresa G.
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