Com a voz do coração dou as boas vindas e agradeço a visita, porque, a semente mais pura do pensamento, está no coração.






20/10/10

ANTES DO CAIR DA FOLHA

Imagem Google


recordo histórias de outono
em livros fechados numa prateleira invisível
que jamais se vêem
que jamais se abrem
que jamais se lêem.

outonos antecipados, vergados, pela tempestade da vida.
passaram o verão sem verem a primavera
e desistindo de vencerem o inverno.

histórias de outono sem rosto
de quem ficou impossibilitado
de procurar a palavra mágica da prata.

de quem não conseguiu inventar o sol no silêncio de cada lágrima
e sucumbiu à derrota.

plena negação de o viver e sentir
preferindo o profundo sono do pó, cinza e nada
despedindo-se antes, muitos antes do cair da folha
do fumo da combustão que não chegaram a ser.

recordo histórias de outono
em livros fechados numa prateleira invisível
que jamais se vêem
que jamais se abrem
que jamais se lêem.

" Entre Dois Nós"

15 comentários:

  1. recordo vidros fechados
    palavras despertas
    para que o Aberto
    se pronuncie dentro da
    casa,

    enquanto o vento uiva
    nos arrabaldes.

    jorge vicente

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  2. ...de quem ficou imposibilitado de procurar a palavra mágica da prata... bonita metáfora.
    Bom, muito bom!
    Parabéns poetisa.
    Beijos,
    Catarina

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  3. Recordar histórias de outono... quando os contrastes existem todos os olhares...
    Um belo poema, amiga.
    Um beijo.

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  4. Recordar histórias de outonos antecipados...
    recordo um livro amado, fechado na minha vida.
    Obrigado, amiga por o mo fazer recordar.
    José Pedro

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  5. Sente-se no poema a nostalgia da estação. O Outono leva as folhas secas, fecha janelas e abre portas.
    Tantas histórias pode levar também...
    Lindo Teresa!
    Um beijinho.

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  6. Belo poema! Melancolia e tristeza em livros de histórias de vida invisíveis...
    Gostei.
    Bom fim de semana, Tecas.

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  7. Gostei muito, alem desta melancolia, é muito bonito ....Bom fim de semana, beijos amiga !!!

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  8. Olá Tecas, belo poema com cheiro a Outono.
    Senti-me enfiada no meu sofá a olhar a estante e a pensar que livro iria escolher para ler. Mas depois veio uma vontade enorme de não fazer nada.
    Beijinhos
    Bom fim de semana

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  9. Num «outono sem rosto» vais buscar belos versos, dando expressão e rosto à estação! Bjs

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  10. A excelência mora nas tuas palavras, porque a tua poesia é coisa rara... parabéns por mais esta pérola poética.
    Beijos, querida amiga.

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  11. Estimada amiga, fabuloso poema. Tem alma e sentimento de outono. Parabéns pela qualidade das tua poesia.
    Beijo,
    C.A.

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  12. Poema sentido

    e nostálgico

    bem escrito

    de boas sonoridades

    que apreciei.

    Saudações poéticas

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  13. Excelentes imagens que transmite o seu poema de Outono...histórias de Outono...Belo e nostálgico.
    Um abraço e bom fim de semana.
    Jorge Santos

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  14. ...preferindo o profundo sono do pó...

    a beleza triste desta imagem, a dizer com o outono presente, alguns passados e um futuro, se o houver.
    Bj

    Maria Mamede

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  15. Olá, boa noite!

    Vim ver se havia novidades...

    antes do cair da parra...

    Saudações poéticas

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