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a muitas portas
toca a solidão
vestida de areia movediça
deste pântano oco em compaixão
onde a palavra amor
se desperdiça .
fecunda o orvalho
dos desenganos
desatado do amor
a quem se deram
nas ternas rendas vincadas pelos anos
gastos
em lutas e sonhos que viveram
e enquanto no egoísmo
dorme o mundo
despertando convulso de
quando em vez
implacável
a solidão toca mais fundo
nas ternas rendas que
foram talvez
na mocidade rostos de
seda pura
e hoje
quem as recorda?
quem as procura?
“in” livro painel multicor ( volume II )
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