onde um lado é verde azul
espuma pedra e sal
sobra nos lábios o poema
do canto das gaivotas
onde um lado é flauta de brisa
estende-se o hálito fresco
pelas artérias das planícies
e o perfume solar
deitado sobre todos os verbos
é transfusão de seiva
confluente divino a acariciar
o rasto da salvação
onde vibra em perfeição activa
hastes de aromas e sabores
os arranjos florais desenhados no horizonte
assumem o poder do pulmão
onde os olhos das aves viajam em asas de alegria
veste-se o céu para sorrirem rios
e favos de esperança cobrem a floresta
onde se descobrem mariposas a remover a vida
de joelhos liberto segredos confiados às estrelas
e reparto-me nos afluentes do amor
invoco cortejos de preces
e fico grávida de contemplação
no silêncio crepuscular
sobra nos lábios o poema
porque as palavras crescem
e são pequenas para te louvar
Com a voz do coração dou as boas vindas e agradeço a visita, porque, a semente mais pura do pensamento, está no coração.

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14/02/09
Louvor à Natureza
Protesto

se um dia a Deus eu for chamada
a prestar contas de tudo que aqui fiz
dir-lhe-ei: sou uma revoltada
por me dar uma vida que não quiz
por ver tanto vilão abençoado
e tanto canalha protegido
por ver tanto inocente mutilado
a silenciar na alma o seu gemido
e Ele, tão distanciado
cego, dorminhoco ou distraído
permite que a sua criação
semeie um inferno de dor
por ambição
que me julgue então como entender
como eu tantas vezes o julguei
ser justo, misericordioso e com poder
e descobrir, afinal que me enganei.
"in" painel multicor I volume
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